14 outubro 2015

Bem -mal.

Deus, seja lá quem você realmente for,
eu acredito em você. Mas acho que você é diferente do Deus que as outras pessoas acreditam. Eu acho que você é que é o
verdadeiro. Porque de alguma forma eu sinto que você está aqui. Eu sinto que você é Amor e que você é possível. E eu
quero te fazer presente em mim por inteira. Mas, é tão difícil...!
Eu escrevo aqui pedindo por ajuda: Onde está aquele pouquinho de paz que eu costumava ter?
Me sinto tão perdida. E...começo a acreditar mais ainda no que nunca duvidei: eu sou responsável por tudo o que me
acontece. Sei disso agora. Vi, só nesses ultimos dias, tanta coisa se destruir. E de alguma forma sei que sou culpada.
Mas, por mais que eu tente mudar isso, não consigo.
O que eu faço?
Sinto que quanto mais eu quero que algo dê certo, menos eu sei lidar com isso e acabo fazendo dar errado.
Falo agora do meu amor:
Ele está comigo sempre. Mas sei que ele já não se sente tão bem ao meu lado (será que eu me tornei uma pessoa
desagradável?). Quando estamos juntos, ele está sempre (ou quase sempre) nervoso, estressado, com os nervos à flor da pele
e tudo vira briga. Eu não tenho mais energia alguma para brigas, Deus. Mas se ficamos longe, ele fica bem. Isso também me
faz bem, pois a felicidade dele é a minha felicidade. Só que ao mesmo tempo me machuca porque eu sinto sua falta. Toda hora
que conversamos e sinto sua energia mais leve e feliz, me despedaço por saber que o que o estava deixando mal era eu.
E que agora ele está bem. Tão bem que nem nota minha tristeza -e não o culpo por isso-, mas isso não faz com que minha dor
desapareça.
Continua doendo.
E eu causo uma discussão. Por completo egoísmo.
Mas...não consigo entender como ele não sente falta alguma.
E eu quero desaparecer da vida dele. Porque para mim já deu.
Eu cansei disso tudo.
Sei que vou me arrepender. Mas, não quero sofrer sozinha e não quero querer sozinha.
Perdão, amor. Perdão, Deus.
Não queria ser essa egoísta que sou. Mas acho que sou.

12 setembro 2015

Se você não tivesse ido embora.

Eu não queria te reconquistar. Eu queria mesmo era nunca ter perdido a sua atenção. Pensa em como seria diferente...
Pensou?
Eu fico procurando respostas. Não encontro. Eu fico olhando essa vida toda que -sem você- não vive bem. Eu fico escutando as músicas que te agradam, na esperança de estar em sintonia com você simultaneamente pelo menos uma vez. Quem sabe você não está escutando a mesma canção?
Falando eu canção, eu já te fiz tantas...Mas dessa vez não me aliviou escrever sobre você.

Se algum dia você ler isto, me responde: o que foi que eu fiz de errado?
Eu não consigo mais olhar nos seus olhos e não sofrer. Não sentir raiva, rancor, ódio e perder o controle por ter te perdido. É duro, é forte, é amargo. Eu sinto o gosto do seu beijo todos os dias e o calor do seu abraço em cada sonho, acordando com o rímel borrado e o travesseiro molhado desde que tudo aconteceu. Por que você teve que ir de novo?

Por que não me levou junto, para onde quer que fosse?
Você não disse que seria assim?

Hoje é sexta feira, e eu fico me perguntando com quantas garotas você já saiu. Por quantos cabelos os seus dedos já passaram, acariciaram. Como é que depois disso tudo você nem ao menos mostra um pingo de saudade, de vontade, de mim? Que tipo de amor você tem?
Eu te dei tanto, mas tanto valor a cada dia. Eu nunca te desperdicei. Eu sempre quis te dar o melhor. Eu ficaria te admirando para sempre. Eu te daria cada hora do meu dia. Eu tentaria ser o melhor que você pudesse ter. Porque você merece. Sempre mereceu, ao meu ver. E eu não me arrependeria.
Se você não tivesse ido embora.


13 agosto 2015

Ninguém tem tempo



Às vezes me pergunto se todos à minha volta tem prioridades parecidas -exceto eu- ou se todos -inclusive eu- tem prioridades parecidas -exceto os que estão à minha volta.
Morando com meus pais percebo uma coisa que não percebia antes: falta.
Falta de contato. Falta de carinho. Falta de olhares. Falta de paciência. Falta de escuta. Falta de afeto. Falta de um "Como você está?". E alguns excessos: excesso de reclamação e de negativismo.
Ok...a vida não é fácil. Eu sei. Sei bem como é isso. Afinal também estou aqui vivendo.

Será que é por que fui embora -e voltei? Será que são as marcas do tempo? Ou será que é só uma fase?

Parece que espero demais de todos. Alguém muito importante já me disse isso uma vez. Mas, qual o sentido disso tudo se não for amar? Se não for aproveitar aqueles a quem amamos e que temos do nosso lado? Tanta preocupação, dor de cabeça..Tantas coisas bobas levadas extremamente a sério.
Não sei o que dizer. Só queria entender se sou eu quem tem que parar de me importar com isso ou se algum dia vou ser retribuída da forma como gostaria.

22 abril 2015

Tinha uma (ou mais) pedra(s) no meio do caminho

No meio do caminho haviam pedras.
E quando achei que tinha cheguado, tentei entrar.

Bati na porta...

Silêncio.

Mais uma vez...

Silêncio de novo.

Em seguida: um berro.

Foi de desespero? Dor? Raiva? Mágoa? Ou só distribuição gratuita de agressão?
Me explica, porque assim eu entendo se devo seguir tentando, seguir em frente, ao lado, ao outro lado, parar, ou voltar.
Antes de eu chegar, tropecei, caí, levantei, achando que valia a pena, e agora que eu pareço estar tão perto, encontrei essas pedras atrapalhando nosso contato (visual, auditivo, cinestésico ou seja lá o que for).

O fato é que eu cansei. Minhas pernas estão bambas e minhas mãos machucadas, de tanta força que tenho feito, para me apoiar. Minha voz já não sai: por isso escrevo. E já não consigo te ouvir bem, por tanto barulho.

Você quer me ajudar a chegar até aí? Porque sozinha eu já não consigo. Parei. Travei. Estagnei.

Sinto assumir. Mas, ainda assim, é melhor do que fingir.

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