Tenho pessoas maravilhosas ao meu lado. Algumas não fisicamente. Mas sei que estão comigo. Tenho músicas lindas para ouvir. Tenho poemas incríveis para ler. E doces para comer. Tenho ruas para correr. Sorrisos para retribuir. Vozes para ouvir, e letras para cantar. Tenho tanta coisa me esperando. Tanta felicidade escondida em cada parte de uma conversa simples, em cada sol que vejo brilhar. Tanta felicidade por aí, em todo lugar e eu estava ali, sem sentidos. Coloquei uma venda, tampei os ouvidos e impedi minha respiração colocando um pregador no nariz.
Tudo isso para que? Já não sei. Não vale a pena gastar um segundo que seja. Não me interessa. Só me importo com o agora. E, as pessoas com quem me importo, se importam comigo. Agora é assim.
Devo agradecer por cada lágrima que foi derramada. Devo, sim. Elas me ajudaram a me amar um pouquinho mais. E aprender que, aquilo que me angustiava, era mesmo a dor da rejeição. Só.
É, acho que agora entendi.
E, mesmo que minha vida, assim como a sua e a de todo mundo, seja cheia de curvas com altos e baixos, uma coisa nova a fazer é: dar mais valor quando estiver no alto. Assim como uma montanha-russa: Você sabe que está prestes a cair bruscamente, mas aprecia aquela vista maravilhosa que tem, lá do alto. E aí, quando estiver lá em baixo, depois de ter passado pelo medo da queda, vai querer subir de novo, de novo, e de novo. Mas, quando voltar lá para cima, vai ficar louco para voltar para o chão. É assim que a vida é. A gente não dá valor para as coisas quando acontecem. A gente tem chance de consertar, às vezes. Mas, em outras, o tempo acaba. E você tem que sair do brinquedo. E até procura no bolso, mas já não tem mais fichas para jogar. Será que elas caíram? Ou será que acabaram, de vez?
A gente não precisa chegar a esse ponto. A gente pode até acabar com todas as fichas, mas os altos e baixos tem que valer a pena.
E esse é o melhor a fazer: Descansar depois da queda e pensar que logo, logo, vamos estar lá em cima de novo. Com aquela vista linda e toda aquela adrenalina. E, tem que valer a pena. As fichas tem que ser muito, mas muito bem usadas. E, em hipótese alguma, deixe-as guardadas.
Que ruim seria chegar em casa e se arrepender de não ter usado nenhuma.
Cada dia escrevendo melhor. Que orgulho! Lindo!
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