Xô, Medo! Coragem, vem já para cá!

"O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente" Wikipedia

Eu não estou falando -só- daquele medo que nós temos quando criança, daquela mão que vai te puxar para baixo da cama, ou vai puxar o seu pé assim que dormir e estiver com ele descoberto. Não, mas também está incluído na categoria. 

O que eu quero saber hoje é quantas vezes você já deixou de fazer algo por medo?  Quantas oportunidades já foram levadas pelo vento porque quando passaram perto do seu alcance, você achou que era alto demais e não quis arriscar o pulo, porque ficou com medo de cair, e as perdeu? Quantas vezes você deixou alguém com quem você se importa(va) ir embora, porque teve medo de que se dissesse o que sentia, se dissesse que essa pessoa era importante para você, essa pessoa riria e iria embora do mesmo jeito? Tenta se perguntar isso e, melhor ainda: tenta responder. 

Eu estou escrevendo e, ao mesmo tempo, tentando responder algumas dessas perguntas para mim mesma. 

Eu consigo ficar indignada com a facilidade que me deixo levar pelo medo. Sempre. Medo de tudo. De tentar, de falar, de sorrir, de ser feliz. Alguém já sentiu medo de ser feliz? É que às vezes, acho que a gente espera tanto por uma coisa, um acontecimento, ou só uma coisa simples mesmo, que saibamos que nos fará feliz, que quando ela está prestes a acontecer, dá medo de que aconteça, e acabe; dá vontade de dar um pause no tempo, para poder se preparar para o que vai acontecer e, só assim, aproveitar beeem aproveitado para que, quando passe, possamos dizer : Eu aproveitei e fui feliz! 

"O medo, só se sente do desconhecido", mas por que será que a gente tem medo de fazer coisas que já fizemos e já conhecemos, algumas vezes? Nunca consegui entender muito bem algumas coisas, mas eu entendo nessa frase que isso acontece porque a gente não sabe o que esperar dele (o desconhecido), seja um homem, um animal, o escuro, o futuro, ou qualquer outra coisa com a qual não estejamos acostumados. Que tal se a gente começar a tentar ter medo do medo? Acho que seria uma boa! 

Li um dia desses em algum lugar na rua, que não me recordo onde, algo como " o medo saudável funciona como sal na comida: se for só uma pitada, realça o sabor"  e achei muito interessante porque é a pura verdade: É preciso ter um pouquito de medo, sim. É preciso ter medo até mesmo de coisas óbvias, que todos nós já conhecemos (quanta contradição, não?) e sabemos que são perigosas como, por exemplo, colocar a mão no fogo (literalmente, ou não), ter medo de abusar o uso nas redes sociais (mostrar demais sua vida para gente que não conhece ou, você sabe, aqueles estranhos -disfarçados de normais populares- que puxam papo com você no facebook ou aparecem de repente -vindos de algum lugar do além, ou não- nos seus contatos do msn).

Acho que esse tal de medo podia ser um pouco mais amigável com a gente e que só aparecesse quando tivesse certeza de que não iria atrapalhar.

O que eu quero dizer com tudo isso, é que a gente tem que tentar racionalizar mais do que amedrontar. Como assim? É que, em vez de simplesmente deixar o medo partir para cima da nossa cabeça, a gente precisa pensar muito no motivo de ele estar vindo e no que a gente pode perder ou ganhar com ele. Provavelmente, as perdas serão maiores, uma vez que, mesmo sendo saudável em quantidade pequena, na maioria das vezes, o medo é prejudicial para nós. 

Então, para terminar este post, para mim e para você, que está lendo, aqui vai uma frase dita pelo filósofo Ralph Elerson, que tem me incentivado muito ultimamente:

Faça aquilo que você receia e a morte do medo será certa.